Os textos publicados aqui não têm
razão de ser,
pretensão de ser.
São muito simples.
Com o passar dos anos, no Catete, me entreguei à prática de tentar perceber o que eu sinto quando vejo as coisas. Surgiu manso, tornou-se incontrolável. Percebi que o espaço público me causa sensações ora boas, ora um tanto quanto
angustiantes.
Basta uma velha no bar,
um homem na sombra,
um cão triste.
É como se o cotidiano
não
fizesse
efeito.
Escrever as bichanas, as sensações, descrevê-las, tornou-se um método pessoal, prático, de transformar a inquietude na preocupação com a forma. Ou seja, quando minha cabeça teima em me esgotar com as coisas que eu vejo, com as sensações que o espaço público me proporciona, eu escrevo para que tudo deságue no desafio de juntar o amontoado de palavras.
E nas minhas palavras, nelas todas, há um pouquinho do Catete.
Muito obrigado pela visita!
Com carinho,
Frederico Portela.